Junto a ti não sou eu. O que conheço de mim desaparece e dá lugar a algo desconhecido de mim e de ti. As palavras que profiro com a voz trémula irrompem selvagens e desobedientes. As minhas mãos passam a ser controladas directamente pelo desejo e a razão esconde-se envergonhada por detrás das minhas pálpebras humedecidas de alvoroço.
Junto a ti não sou inútil. Passo a ser um receptáculo de energia contida. Uma máquina de sorrir descontrolada mas devidamente oleada.
Junto a ti não me conheço. Passo a ser o homem que invejaria mortalmente se não fosse eu e tu.
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