sábado, agosto 29, 2009

Henrique Medina Carreira



PERFIL DE MEDINA CARREIRA

Tenho profunda admiração por quem fala sem rodeios, por quem fala a verdade, por quem não vive de sorrisos e fala bem de tudo e de todos mesmo sem o concordar...

Uma conversa de MARIO CRESPO com o fiscalista MEDINA CARREIRA que, teve pelo menos o grande mérito de me deixar a pensar como se encontra a situação económica e social do País.

Todos os dirigentes políticos deveriam parar um pouco, para pensar e reflectir nalgumas grandes verdades que foram ditas na entrevista, e tentar resolver os graves problemas sociais em que País é confrontado. Este exemplo aqui é apenas um entre muitos do nosso quotidiano.

PARTE 1/4



PARTE 2/4



PARTE 3/4



PARTE 4/4

sexta-feira, agosto 07, 2009

A NOVA LÍNGUA PORTUGUESA





A NOVA LÍNGUA PORTUGUESA


Desde que os americanos se lembraram de começar a chamar aos pretos 'afro-americanos', com vista a acabar com as raças por via gramatical, isto tem sido um fartote pegado!

As criadas dos anos 70 passaram a 'empregadas domésticas' e preparam-se agora para receber a menção de 'auxiliares de apoio doméstico' .

De igual modo, extinguiram-se nas escolas os 'contínuos' que passaram todos a 'auxiliares da acção educativa'.

Os vendedores de medicamentos, com alguma prosápia, tratam-se por 'delegados de informação médica'.

E pelo mesmo processo transmudaram-se os caixeiros-viajantes em 'técnicos de vendas'.

O aborto eufemizou-se em 'interrupção voluntária da gravidez';

Os gangs étnicos são 'grupos de jovens'

Os operários fizeram-se de repente 'colaboradores';

As fábricas, essas, vistas de dentro são 'unidades produtivas' e vistas da estranja são 'centros de decisão nacionais'.

O analfabetismo desapareceu da crosta portuguesa, cedendo o passo à 'iliteracia' galopante.

Desapareceram dos comboios as 1.ª e 2.ª classes, para não ferir a susceptibilidade social das massas hierarquizadas, mas por imperscrutáveis necessidades de tesouraria continuam a cobrar-se preços distintos nas classes 'Conforto' e 'Turística'.

A Ágata, rainha do pimba, cantava chorosa: «Sou mãe solteira...» ; agora, se quiser acompanhar os novos tempos, deve alterar a letra da pungente melodia: «Tenho uma família monoparental...» - eis o novo verso da cançoneta, se quiser fazer jus à modernidade impante.

Aquietadas pela televisão, já se não vêem por aí aos pinotes crianças irrequietas e «terroristas»; diz-se modernamente que têm um 'comportamento disfuncional hiperactivo'

Do mesmo modo, e para felicidade dos 'encarregados de educação', os brilhantes programas escolares extinguiram os alunos cábulas; tais estudantes serão, quando muito, 'crianças de desenvolvimento instável'.


Ainda há cegos, infelizmente. Mas como a palavra fosse considerada desagradável e até aviltante, quem não vê é considerado 'invisual'. (O termo é gramaticalmente impróprio, como impróprio seria chamar inauditivos aos surdos - mas o 'politicamente correcto' marimba-se para as regras gramaticais...)

As putas passaram a ser 'senhoras de alterne'.

Para compor o ramalhete e se darem ares, as gentes cultas da praça desbocam-se em 'implementações', 'posturas pró-activas', 'políticas fracturantes' e outros barbarismos da linguagem.

E assim linguajamos o Português, vagueando perdidos entre a «correcção política» e o novo-riquismo linguístico.

Estamos lixados com este 'novo português'; não admira que o pessoal tenha cada vez mais esgotamentos e stress. Já não se diz o que se pensa, tem de se pensar o que se diz de forma 'politicamente correcta'.

quinta-feira, julho 09, 2009

A Roda da Fortuna




A Roda da Fortuna

Na realidade, toda a gente sabe que não pode fugir de algumas partidas do destino, a própria vida já nos mostrou isso. E como disse Cesare Pavese: “A sabedoria do destino é a nossa própria.”
No nosso inconsciente sabemos perfeitamente que Caminho devemos trilhar, quais melhores as escolhas a fazer de forma a adquirir o conhecimento a que nos propusemos (antes de vir cá para baixo). Até podemos cair nalgumas armadilhas e tentações mas, mais cedo ou mais tarde, voltamos ao caminho correcto. Quem se engana e continua a desviar-se do Caminho, são aqueles que ainda não compreenderam o seu propósito, ou melhor, são aqueles que ainda não analisaram o seu passado, não compreenderam as lições, porque é assim que encontraremos o futuro.

A Roda da Fortuna diz-lhe que cada vida é aquilo que deve ser, há que saber aceitar as tarefas e experiências que, acredite ou não, podem já estar determinadas pelo destino e fazer parte do novo e inevitável percurso de aprendizagem e crescimento pessoal...

quinta-feira, abril 30, 2009

Porque nada fica igual...



...mesmo quando voltamos atrás....

Não vale a pena pensar que simplesmente podemos voltar atrás e voltar ao mesmo, já que isso nunca irá acontecer:
já não vamos ser a mesma pessoa, o tempo já não vai ser o mesmo....

Mas não podemos simplesmente ficar parados à espera que a vida aconteça:
temos de seguir em busca da vida e aprender com os erros, já que é com eles que vamos crescer e aprender;
nunca iremos voltar atrás, mas vamos voltar a um sítio diferente, como pessoas diferentes, com vivências diferentes, talvez melhores....

Porque também não vale a pena estarmos agarrados a situações que não nos permitem sentir bem... Para quê??

Sofremos nós e quem está à nossa volta...

Fiquemos com aqueles de quem gostamos do modo como gostamos sem forçar as situações...

(Não seria esta uma situação ideal??)

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Imaginem...




Imaginem que todos os gestores públicos das setenta e sete empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados.

Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação. Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.

Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas. Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado.

Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público. Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar. Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês.

Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência. Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas. Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam. Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares. Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas.

Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde. Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros. Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada. Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido. Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.

Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.

Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo. Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos. Imaginem que país seremos se não o fizermos.

Mário Crespo - JN

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Há coisas fantásticas...

Um dia o filho pergunta ao pai:

"Papa, vens correr comigo a maratona?"
O pai responde que sim, e ambos correm a primeira maratona juntos.
Um outro dia, volta a perguntar ao pai se quer voltar a correr a maratona com ele, ao que o pai responde novamente que sim.
Correm novamente os dois.
Certo dia, o filho pergunta ao pai:

"Papa, queres correr comigo o Ironman?" (O Ironman é o mais difícil... exige nadar 4 km, andar de bicicleta 180 km e correr 42)
O pai diz que sim...
Tudo isto é muito duro, mas não parece transcendente...
até vermos estas fantásticas imagens...