sábado, novembro 26, 2005

O início...

O início...

No inicio de uma relação é tudo tão bonito!!!
Vamo-nos conhecendo com calma, sem pressas, sentimos falta dessa pessoa um dia inteiro, trocam se palavras de amor, eternidade, futuro e paixão, fazem se promessas, passeia-se, cada toque é especial, cada abraço é único, cada beijo é sensacional e não nos apetece parar de maneira nenhuma, e a única coisa que interessa é estar com aquela pessoa!!!

Não me venham dizer que com o tempo nada muda, só se nós quisermos! Já não acredito nisso, tudo muda!!! É esta a pura e triste realidade!!!

Deixa se de estar mais tempo com a pessoa, começamo-nos a aperceber que há algo mais para além daquela pessoa, vamos conhecendo melhor o feitio e vamo-nos apercebendo que temos tantos defeitos que há mistura com os da outra pessoa dá explosão!

Não compreendo o ser humano que tem tanta sede de felicidade, de Amor, de se sentir completo que raramente consegue manter isso!

Vai deixando a coisa andar á medida que a relação se torna fria e distante!

À medida que se vai arrastando a situação sem se falar com medo, os sentimentos vão ficando cada vez mais gelados e acabam por morrer...

O romantismo é a primeira coisa que se perde na minha opinião…, com o tempo vai afectando o sexo e a falta de sexo vai afectar o homem (e a mulher também como é óbvio), chega a uma altura em que mal se fala, fica cada um para o seu canto da casa, sentindo se cada vez mais solitários!

Daí também nasce a traição (de ambas as partes)... A separação...O sofrimento...

Também sei e neste caso refiro me exclusivamente aos homens porque sou um e porque falo muito com os meus amigos sobre os assuntos do "coração" (sim porque também falamos disso…)! Por vezes falamos vezes sem conta, dizemos o que nos falta e justificamos porque vos falta, mas as mulheres não querem ouvir ou falar, para elas torna-se muito mais simples fazer “cenas” e esperar que aquilo passe!

As relações são cada vez mais difíceis e como a minha mãe me disse variadíssimas vezes: "Os jovens hoje em dia não sabem o que é Amar, o que é uma relação, para eles é discutir o máximo possível e ver quem fica por "cima"", pois...querida mãe...começo a acreditar que sim!

Porque não conseguimos simplesmente manter aquilo que tanto desejamos:

FELICIDADE, AMOR, PRESENÇA, CUMPLICIDADE????

E sermos honestos o suficiente para falarmos e resolvermos os possíveis problemas?

E só assim conseguiremos aproximarmo-nos na compreensão de ambos os lados…

quarta-feira, junho 15, 2005

Esse gajo o VITOR...

Raramente escrevo no meu Blog sobre "Politiquices"...
Mas como este homem já me está a meter os "nervos à flôr da pele", vou ter que desabafar...

Vitor, o abre-latas dos governos da "Tanga"!

Vítor está preocupado COM o estado financeiro do País e com os gasto do Estado. Volta a dizer que estamos de tanga.

Vitor, também conhecido por Constâncio, está há muito à frente do Banco de Portugal. Em sua casa entram mais de 25.000 euros mensais.

O governo do PSD/CDS de Durão Barroso permitiu-lhe que continuasse à frente do Banco de Portugal, desde que viesse de tempos a tempos alertar os portugueses (só os que pagam impostos) de que é preciso apertar o cinto.

E Vítor cumpriu meticulosamente a sua função, defendendo com unhas e dentes o Discurso da Tanga, versão I, de Durão e Manuela Leite.

Santana e Bagão mantiveram-no no Poder e ele também cumpriu.

Agora, está de novo o seu PS no Poder e Sócrates fartou-se de fazer promessas de que não havia aumento de impostos e haveria aumento de empregos e alteração da Código do Trabalho do Bagão. Eram promessas só para serem metidas na gaveta mais tarde.

Mas Sócrates não quer assumir a responsabilidade da versão 2 do Discurso da Tanga já antes das eleições autárquicas.

Por isso pediu ao seu amigo Vítor, que viesse ele a público dizer que isto está mesmo mal e apelar ao Presidente da República para intervir a convencer os portugueses (sempre os mesmos do costume, claro) a apertarem ainda mais o cinto.

Alguém ouviu o sr.Vítor apelar aos governos para que não comprassem submarinos por causa da crise?

Alguém ouviu o sr.Vítor pedir aos governos que não comprassem ou adiassem a compra de centenas de blindados e helicópteros de guerra de último modelo?

Alguém ouviu o sr. Vítor a chamar a atenção que o TGV é um luxo de centenas de milhões para o estado do País?

Alguém ouviu o sr.Vítor apelar aos governos para serem inflexíveis contra a gigantesca fuga aos impostos dos que mais ganham e que atinge milhares de milhões?

Alguém ouviu o sr. Vítor pedir aos governos que acabem com a isenção de impostos sobre os milhões ganhos na especulação bolsista de acções?

Alguém ouviu o sr.Vítor apelar aos senhores administradores das grandes empresas, pagos a valores iguais ou superiores aos dos países ricos, para que dêem o exemplo baixando os seus chorudos vencimentos e prescindindo das dezenas de milhares de contos de prémios anuais?

Etc, etc,
Não, ninguém ouviu!


Ouviu-se agora o sr. Vítor para fazer um frete ao seu amigo Sócrates porque este fez promessas que não eram para cumprir e agora era preciso desenrascar dizendo que «isto está pior do que se pensava».

No País mais pobre da U.E., com os mais baixos salários de todos, com mais de 2 milhões de pobres e 200 mil com fome e o maior fosso entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres nas estatísticas da U.E., o governador do Banco de Portugal apenas tem o papel triste de apelar para aos que já estão sobrecarregados de impostos que paguem ainda mais.

Sr.Vítor, ao menos seja coerente, apele publicamente aos governos que, devido à crise, o seu salário de vários milhares de contos mensais, deveria ser diminuído...

quinta-feira, maio 26, 2005

QUO VADIS PORTUGAL...

Bem, isto é mais um desabafo que outra coisa...

Pela primeira vez na minha vida estou a considerar seriamente sair de Portugal.

Tenho 20 e tal anos e vivo em Lisboa. E sinto sinceramente que ao ficar neste pais estou a passar ao lado da vida.

Com a subida do IVA para 21% cada produto de 100 contos que eu compre, vou pagar 21 contos de impostos de consumo (sem contar com os impostos já altíssimos no salário.)

A subida de IVA a bens de consumo turístico, também, quer dizer que para um Café de 100 paus vou pagar 21 só de imposto, só no consumo.

Já havia pensado antes em sair de Portugal, mas como gosto da arquitectura, dos jardins, da cultura passada, e do legado histórico, fui ficando apesar de Portugal estar hoje numa das piores crises da sua rica história, e eu não concordar com o rumo politico deste pais nos ultimas décadas, sendo submetido a viver num sistema politico que não criei, não concordo, e detesto viver debaixo de - fui ficando, porque gostava de Portugal.

Hoje, com a volta da esquerda ao poder, e após décadas de suposta "liberdade", o meu pais está mais pobre que nunca, mais estúpido que nunca, mais corrupto que nunca, mais sujo que nunca, mais desrespeitador de um passado glorioso que nunca: Portugal é hoje uma sombra do que foi durante mais de mil anos consecutivos.

Não sinto já que os impostos sejam uma forma de resolver seja o que for, mas a machadada final que transporta Portugal para aquela lista negra de países sob regimes literalmente comunistas onde quem trabalha e é eficiente é roubado estilo "Robin Hood" para dar a quem ou é preguiçoso, ou corrupto, ou incompetente, ou até uma das etnias minoritárias que se banqueteiam com o meu salário enquanto vejo Portugueses de “portugal” a chafurdar em contentores para encontrar restos de comida.•

Estou farto. Farto de pagar politicas com as quais não concordo. Farto de sustentar políticos que não querem saber de mim: só das minorias da moda. Não sou estúpido, não sou deficiente, não sou homossexual, não sou preto, não sou de direita, não sou de esquerda, não sou de centro, não sou bonito e não sou rico, e neste pais, isto significa que sou merda. Pelo menos para os políticos que andam mandar nisto desde a revolução de Abril. Só sirvo para trabalhar, e ser chulado, para sustentar quem não se sabe ou não consegue sustentar a si próprio, ou simplesmente, gosta da boa vida.

A grande maioria dos desempregados neste país são jovens. Isto porque o sistema público é corrupto e sindicalizado, e o sector privado segue nas passadas. Gente antiga, velha, e sem qualificações impede a juventude, mais competente, de lhes tomar o lugar, porque em Portugal é quase impossível despedir alguém, devido a caciquismos sindicalizados, não importa o quão incompetente se é.

Que tudo isto seja perpetrado na sua maioria, por um partido que esteve e está profundamente envolvido em violações sistemáticas de crianças órfãs é algo que, pelo nojo, prefiro não comentar.

Não me sinto seguro em Portugal. Não me sinto bem a ter filhos em Portugal, e ter que os mandar para escolas que não funcionam, com uma educação inferior a que recebi, algumas delas cheias das dita minorias, que as transformaram numa mistura caótica de selva com jardim Zoológico do crime. Não me sinto bem a comprar uma boa casa e fazer investimentos de longa data. Tudo isto porque me roubam o dinheiro que ganhei honestamente para o dar sabe-se lá a quem, a que interesses, sabe-se lá para tapar que incompetências governamentais e ideologias caducas que nunca funcionaram no século passado quanto mais neste. Portugal é o pais da Europa em que mais impostos se pagam, e que piores serviços públicos disponibiliza.

Com as qualificações que tenho podia estar a ganhar de 3 a 6 vezes mais do que em Portugal. E sem estar sujeito a ser roubado por ideólogos de esquerda que “malsinam” neste pais, que resolvem todos os problemas do mundo a roubar os dinheiros aos outros, pior, aos que são mais eficientes do que eles e podiam ser a salvação deste pais.

Só não sucumbi a ganância de ganhar mais, porque gosto de Portugal. Mas, com sinceridade, não sei se o Portugal de que gostava sequer ainda existe. Não sei quando, nem como, Portugal se tornou num paraíso para a esquerda medíocre ou para a direita paupérrima, em que políticos violam crianças e se governam a grande e à francesa com a mama pública, mas este, não é definitivamente o Portugal de que gostava.

Numa altura em que todos os países da antiga cortina de ferro abandonam, para sua sorte e triunfam, a subjugação de regimes comunistas, e a própria Europa abraça a economia de mercado e concorrência em que o melhor ganha não monopólios de estado, e até a própria Rússia e China dizem adeus a economias, todas elas falhadas, de comunismo esgotado; Portugal, bizarramente, vira, anos após ano, cada vez mais à esquerda... e fica mais pobre, mais pobre, e mais pobre. Lentamente caminhando para o Terceiro Mundo, onde uns palhaços sem educação nem conhecimentos de economia se arriscam em sistemas de comunismo que nunca resultaram, não resultam, nem nunca resultarão e sempre terminaram nas destruição completa dos ditos países.

Em Portugal é tudo caríssimo, apesar do nível de vida ser mais baixo, alguns produtos nem sequer existem. Internet, ainda é considerado uma coisa 'moderna'. Sabem lá os deuses quantos milhares de contos perdi a ter ficado aqui, e quanto mais gastei em impostos de políticos ladrões e parasitas de esquerda e de direita que vivem à custa dos impostos e subsídios roubados às pessoas que mais odeiam e dizem ser contra.

Nunca pensei dizer isto na minha vida, e embora nunca o vá fazer, compreendo hoje quem foge aos impostos. Pagar impostos para esta palhaçada, não. Pagar impostos para governos modernos, economias modernas e competitivas, sim. Onde os meus filhos possam receber bom tratamento médico e um sistema de educação decente. Pagar impostos em Portugal, é literalmente ser assaltado por caciques de esquerda e de direita, sindicatos de preguiçosos, funcionários públicos incompetentes e velhos habituados ao luxo de reivindicações exorbitantes só rivalizadas pelos da antiga USSR. Em conclusão: Ando a pagar para amamentar uma cambada de comunas preguiçosos, do meu próprio bolso, aos milhares de contos.

A minha cidade que era outrora limpa, está hoje toda entulhada de grafitis, incluindo estátuas com centenas de anos… as ruas não são seguras, os prédios degradam-se e o património arquitectural também sem qualquer tentativa de renovação e preservação histórica, há ruas com metade das lojas à venda faz anos, e ninguém compra, porque nestas condições é impossível montar negócios, criar empregos, gerar comércio: Não com estes parasitas às costas a levar todo o nosso dinheiro. As escolas onde um dia eu andei, já hoje não mais poria os filhos - que neste pais não posso ter - degradadas, cheias de putos estúpidos sem culpa, ignorantes, malcriados e imigrantes que só ajudam à festa da anarquia, da desorganização, do crime, e da estupidificação geral da juventude Portuguesa. As professoras, também altamente sindicalizadas, recebem altos salários e são na grande maioria profundamente incompetentes, espalham a propaganda dos seus partidos pelos putos. Há obras que estão para acabar faz décadas e outras que foram abandonadas a meio e ali ficam. No centro da cidade, ainda tem paralelos em vez de alcatrão (isto numa capital de um país da Comunidade Europeia), prédios de 2 ou 3 andares demoram meses a construir enquanto, noutros países, arranha céus de 100 andares demoram ano e meio.

Ninguém trabalha, ninguém quer trabalhar, nem aprender nada e ser eficiente. Só querem boa vida. Horários de tanga, e receber do hérario público à custa de sindicatos sem serem competentes e produtivos. E eu, e os que são como eu que paguem a festa.

George Orwell, no seu tempo escreveu um livro sobre o comunismo e sistemas em que os ricos ou eficientes pagam subsídios aos preguiçosos e ineficientes e deu-lhe o titulo de: "O Triunfo Dos Porcos."

Em Portugal, parece, triunfaram de vez…

Tenho que sair de Portugal… já mal vejo como o não fazer, e levar as minhas qualificações para outro lado, e o meu dinheiro também, para onde seja melhor tratado, respeitado, e não hajam corjas inteiras de políticos e máfias na função pública a roubar os cidadãos, do dinheiro que honestamente, e com muito trabalho e dedicação foi ganho. Felizmente, ao contrário de quem ficava do lado errado da cortina de ferro, posso pegar nas coisas, e fugir, para o outro lado da fronteira sem levar um tiro nas costas por ter traído a revolução. Ao menos isso.

Nunca pensei no entanto, que algum dia este pais chegasse a isto.

E é triste...

Bastante triste.

Nunca pensei que vivesse para ver o dia em que teria de fugir de Portugal, como se fosse uma daquelas “ditadurazinhas patéticas” existem em países de terceiro mundo...

Um pais com tantas potencialidades, entregue às mãos de bestas. Completamente destruído.

Um pais que já foi dono de meio mundo, e um Império.

É triste...

segunda-feira, abril 18, 2005

Conversas em família

A minha mãe: "Vais escrever sobre o Papa?"
Eu: "Não."
A minha mãe: "Ainda bem."

domingo, abril 03, 2005

MAGNIFICENT ELEVEN

Sou um consumidor viciado de futebol português dos últimos quinze anos. Outros campeonatos há que têm mais estrelas, mais público, avançados mais espectaculares, médios mais criativos, defesas com mais classe, estádios melhores… enfim, uma série de coisas importantes neste negócio da bola. Mas nenhum, repito a bold, nenhum tem o encanto do campeonato português. Estamos a falar de uma liga em que na preparação das épocas e dos jogos, dirigentes, técnicos e jogadores têm mais factores de ponderação e preocupação do que em qualquer outra. As condições do terreno de jogo em estádios como o de Moreira de Cónegos ou o saudoso Adelino Ribeiro Novo, árbitros desconcertantes como Jacinto Paixão, Paulo Costa ou Olegário Benquerença, seguranças privados contratados pelos clubes para desestabilizar a equipa contrária, bruxos nas bancadas, galinhas pretas lançadas para dentro de campo. Enfim, em Portugal, um bom 4-4-2 diamante e basculante não é garantia de vitória no campeonato e isso sim, é um desafio empolgante para grandes cérebros, como o meu.
Muitos treinadores podem achar difícil a tarefa de estar à frente de um clube português. Mas quem sobrevive na Superliga lusitana está preparado para treinar em qualquer clube do mundo (veja-se o sucesso que teve recentemente o Prof. Neca à frente da sempre complicada selecção das Maldivas!).
É por isso que em Portugal surgem os jogadores mais interessantes do momento. Onde, no mundo, podemos ver um médio defensivo com a classe raçuda de um Fernando Aguiar? Onde, pergunto, encontramos um lateral polivalente como o Primo? E em que latitude encontramos um extremo desconcertante como o Rodrigo Tello?
Dou por mim a pensar, comovido, nos grandes vultos pós-modernos que têm passado pelo campeonato português, a pensar na sua fenomenologia e no que sucederia se os juntássemos num único onze. Em cinco minutos de reduzido esforço mental rabisco num papel os onzes (4-4-2 diamante, claro) mais gloriosos que se podiam ter feito, nos três grandes, nesta década e meia de pujança futebolística. Partilho os gatafunhos convosco:

SL Benfica: Bossio; Okunowo, Tahar, King, Escalona; M. Thomas, Carlitos, Uribe, Washington Rodriguez; Pringle, Akwá.

Sporting CP: Costinha; Gil Baiano, Hugo, Carlos Jorge, Balajic; Frank Rijkaard, Giménez, Careca (ou Carlos Miguel), Kmet; Ouattara e J.J. Missé-Missé.

FC Porto: Kralj; Buturovic, Alejandro Diaz, N’Kongolo, Vlk; Wetl, N’Tsunda, Mogrovejo, Walter Paz; Baroni, Mandla Zwane.


Penso nos onzes e comovo-me outra vez. Não resisto e revejo os jogos de Ivica Kralj na Champions League (não disfarço um sorriso ao perceber – mais ninguém o terá percebido, com certeza – que muito do que são hoje Vítor Baía e Ricardo foi bebido ali, naquelas épicas exibições). Identifico-me na tranquila arrogância do Okunowo, deixo escapar umas gotas de baba enquanto cronometro, recorrendo às mais modernas técnicas de medição de imagens televisivas, proporcionadas pelo programa informático da empresa “Soccer Nerds”, um sprint do Martin Pringle.
A acutilância da equipa do Porto do meio campo para a frente. A segurança e classe da defesa do Sporting. A criatividade dos construtores de jogo do Benfica. Mas o que mais me delicia é o centro do meio-campo sportinguista. O potencial novo-eusebiano do Careca e o maior dos pós-modernos do futebol lusitano: Frank Rijkaard, o médio invisível!

Com estes jogadores sei que ganharia tudo em qualquer clube do mundo. Com eles poderia afiançar-vos, hoje, que aos 45 anos estaria reformado, com muitas mais Champions Leagues no papo e com a coroa de melhor treinador da história na minha cabeça.

domingo, março 13, 2005

Prisão Perpétua

Prisão Perpétua

Perpétuo é para sempre! Implica que vamos morrer na cadeia! Não há vida para além do encarceramento...

O outro dia lia num jornal (provavelmente no Público) que um rapaz de 13 anos foi condenado a prisão perpétua por ter violado uma professora de 30 anos quando tinha 12 anos de idade. Confesso que este caso deixou-me chocado. Para já pelo acto e depois pela pena.

Eu gosto de falar de justiça quando estou no pleno das minhas capacidades racionais. Se algo acontecesse a um familiar meu eu certamente teria outra opinião mas não estaria no pleno poder da minha racionalidade. Por isso vou discutir este caso como ele deve ser discutido, leia-se, à distância.

Custa-me acreditar que uma criança com 12 anos tenha a maturidade sexual e física para dominar desta forma uma adulta. Mas visto que foi condenado tenho que assumir que consegue. Um pré adolescente decidir tomar tal atitude já devia ser suficiente para iniciar uma longa reflexão mas eu não sou psicólogo nem consigo atingir tal complexidade de comportamento. O que eu sei é que não há prisão perpétua em Portugal porque há sempre uma componente que as prisões devem (ou deviam) ter, isto é, a capacidade de regenerar um indivíduo. Uma prisão não é só um local de cumprimento da pena que a sociedade impõe para permitir que esta funcione com alguma normalidade e que possa defender um certo estilo de vida. Há também a obrigação do Estado acreditar no ser humano e fazer uma tentativa de regeneração.

O caso toma outras proporções quando é um menor que é condenado a prisão perpétua. Surgem-me algumas dúvidas: O crime merece uma pena eterna? Este menor não tem capacidade de regeneração? A adolescência não provoca alterações profundas na maneira de agir e pensar?

São reflexões que devemos ter antes que estas situações cheguem à discussão pública de forma irracional e baseadas num caso particular!

terça-feira, março 01, 2005

DESPORTO

O desporto também é uma coisa que me perturba. Quer dizer, não é propriamente o desporto em si, mas sim alguns tipos de deporto, ou coisas a que chamam deporto.
Golfe por exemplo. Está um gajo a pegar num taco, que aquilo tem um peso do caraças, e fica a olhar para a relva a apreciar a paisagem e a fingir que está a planear a jogada. Deve ser cientista o gajo. Depois lá se decide e espeta com uma “castanhada” na bola... E lá vai ela. É claro que depois o homem não vai fazer o esforço de ir a pé até à bola, afinal de contas, a tacada desgastou o homem de tal forma, que não pode andar e tem que ir de carrinho... onde deve levar umas massagens pelo caminho e tudo. E até têm um gajo para lhes carregar os tacos. Já vi que aquilo é mesmo cansativo. E eles desgastam-se bastante nas mãos, por isso ninguém que convence que são eles que limpam o próprio cu na casa de banho.

Outro desporto que também não me entra na cabeça é o xadrez. Mas aquilo é desporto? Li num artigo qualquer que o Kasparov para se manter em forma tinha que fazer não sei quantas horas de exercício físico por dia. Exercício Físico? Mas para que? As peças são assim tão pesadas? Ou será que agora jogam com Torres e Cavalos verdadeiros. Já estou a imaginar o Kasparov com um cavalo às costas a fazer a sua jogada final. Cheque Mate. Por falar em jogar com peças reais... Deve ser engraçado quando o rei comer a rainha... Vai o rei e... pimba, salta-lhe para cima. E os peões a comerem-se uns aos outros!!! Que cena mais gay. Ou melhor, um bispo a comer a rainha!!! Ou o cavalo a comer a rainha! Os peões a comerem a rainha!!! Estas jogadas a comer a rainha faz entrar no tabuleiro uma nova peça para o adversário: Um boi para substituir o rei. Bem, mas a rainha a ser comida dessa maneira devia também ser substituída… por uma vaca. Daqui nada o tabuleiro de Xadrez parece um presépio.

Depois também há outro desporto interessante, que é o boxe. Boxe é desporto??? Na escola deixava-me jogar futebol, correr... mas não me deixavam andar ao soco em ninguém... E eu só queria fazer desporto. “Professora, Professora... Vamos fazer exercício... Toma!”

terça-feira, janeiro 25, 2005

MANIFESTO ANTI-VELHOS

Alguns eventos familiares vieram despoletar um desencadear de desabafos mentais aos quais vou chamar de Manifesto Anti-Velhos.
Quero então começar por umas dúvidas que me dão nós nos neurónios. A minha questão é: mas porque raio é que os velhos não conseguem conversar nada connosco que seja diferente de "Então e o menino?" ou "Quanto é que te casas?". Será isto algum sindroma de privação sexual da juventude que viveram? Qual é o interesse destas criaturas desgastadas pelo tempo em preocuparem-se tanto com gente que não conhecem? Será isto o sindroma "Quinta das Celebridades"? Antes de um "olá", ou um "como é que estás" vem sempre a introdução do "Como é que está o menino".
Em segundo lugar quero manifestar o meu desagrado e a minha revolta com os senhores de idade avançada que passam o dia inteiro no jardim, membros da AVAC (associação de velhos anti concepcionais), a fazer coisas interessantes como: jogar à sueca, olhar para os jovens casais com um olhar rebarbado e com uma mao a oscilar dentro do bolso, apesar de nao terem doença de Parkinson, ou a mandar bocas como por exemplo "dá-lhe que ela ainda mexe" aos casais que fazem coisas pouco púdicas como por exemplo andarem de mão dada (chocante). Venho então sugerir a estes senhores irem para casa brincar com as passas da mulher (ou abóboras se for esse o caso), ou tirar eventuais teias de aranha estejam elas onde estiverem, mas por favor, deixem a juventude em paz!!
Com o canal 18 fechado, mais tarados destes irão sair à rua, apontando o seu croquete rugoso em sinal de desespero... Assaltos irão acontecer por velhos desesperados por dinheiro para poderem comprar o seu comprimido azul...
É necessário fazer algo, urgentemente.

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Teoria dos Gajos feios

Uma coisa que sempre me fez impressão foi passear na rua e ver que todas as gajas boas iam acompanhadas por um gajo todo estranho e fateloso e eu sem nenhuma. Sempre tinha uma vantagem, ainda ficava a pensar que havia alguma esperança para mim.
Mas é que era sempre... Olhava, gaja boa, cromo... Com essas coisas é que eu fico lixado com F grande.
Admito que às vezes até me subia a moral, já que eu não tinha ninguém era porque eu era um gajo com estilo. Aliás, como toda a gente pode ver...
Mas o pior é que reparava no mesmo na televisão: as grandes actrizes e famosas da TV, todas com grandes autocolantes.
E eu, o mesmo deprimido solitário de sempre.

Vejam só o exemplo do Ronaldo, o jogador. É com cada uma, e o gajo... bom, nem sei o que dizer, aqueles dentes que parecem um pára-choques dum camião TIR... tirando aquele corte de cabelo que ele tinha há uns tempos que aquilo nem lembrava à Fátima Lopes... (E a senhora até tem muita imaginação). E depois, é o que se sabe, grandes gajas. Está bem que as raparigas gostam muito de peluches e coisas assim, mas lá por ele ter uns dentes tipo coelho da Páscoa é escusado dominar o mundo feminino. Está bem que o dinheiro joga-lhe a favor…
Mas há mais...
Aquele Jardel que é a mesma coisa. Mais parece um cavalo de pau e lá está ele com a sua grande febra. Está ou estava que já ninguém percebe bem.
E não é só no futebol…
É com os políticos, com os actores, músicos… é em todo o lado. Olhem, o actor Nicolas Cage, que agora num filme em estreia faz papel de um gajo assim meio passado dos carretos, daqueles que não joga com o baralho todo e fica assim meio especado com um ar hipnotizado, parece que comeu um iogurte “adágio”. Não sei se foi preciso muito esforço da parte dele para fazer o papel mas pronto… O que é certo é que casou-se ou vai casar-se com a filha do Elvis.
Até o Michael Jackson conseguiu mulheres para ter filhos. O Michael Jackson, aquele gajo que se espirra com mais força cai-lhe o nariz e ainda lhe salta a mão quando se vai assoar. Não admira quando cantava estar sempre a segurar o… instrumento, não fosse aquilo cair. A verdade é que é mais uma personagem com mulher, ou neste caso, mulheres.
Até aquele tanso do Marco Horácio deve ter uma bela de uma gaja….
Assim, nasceu a minha teoria: Gajos grandes cromos e todos estranhos têm gaja, e normalmente boa....

quarta-feira, janeiro 05, 2005

banalidades triviais

desde que comecei a blogar, já percorri muitos quilómetros de posts e já vi muitos blogs mas reparei que todos tem um elemento comum: não são autênticos...
ninguém diz realmente o que pensa, ninguém descortina os seus mais íntimos pensamentos...
afinal isto não são diários pessoais mas são simples crónicas que podemos encontrar em qualquer jornal semanal...
muitos limitam-se a comentar noticias que aparecem em qualquer noticiário da tvi, sic, no publico, expresso etc..
falamos de assuntos triviais como o da casa pia, política, desporto musica ou seja conversas banais de café...
então pergunto eu: será que é este o propósito de um blog?? é claro que até hoje ninguém foi bastante audaz e corajoso para fazer do seu blog um diário pessoal e intimo...
e nunca ninguém o pretendeu assim...
acho que existe mais autenticidade num diário escondido debaixo da cama de uma adolescente de 15 anos do que em qualquer blog que já vi...
atenção isto não é uma crítica mas sim uma simples observação...
por isso é que podemos construir aqui na blogosfera o nosso mundo...
alguns teimam em afirmar que fodem tudo e mais algumas coisa quando se calhar tem menos actividade sexual que o meu hamster em cativeiro...
alguns estão cá para nos fazer rir...
outros limitam-se a citar pensamentos doutros seres para que estes não sejam esquecidos...
mas como aprendi no filme "bom rebelde": "contigo, não posso aprender nada que não esteja escrito num livro"...
mas não se iludem e não comecem a lapidar-me com os vossos comentarios, eu não sou diferente de vocês...
é claro que as vezes, desabafo neste meu cantinho alguns pensamentos mais íntimos...
ultimamente tem sido sobre alguém que marcou a minha vida...
mas só digo as verdades à meias...
não vou revelar o seu nome...
porque não me atrevo, porque não devo e porque não quero...
prefiro guarda-lo para mim...
prefiro ter algo só meu...
prefiro saber mais que voçês...
prefiro não querer partilhar essa identidade com mais ninguém...
uso este blog para fazer as minhas confissões e vocês agem como os meus padres que nunca me vão condenar pelos meus pecados...
prefiro portanto desabafar com um desconhecido do que com um amigo que esteja aqui ao lado...
pode não ser a solução ideal mas foi aquela que me faz sentir bem porque sei que vocês não me vão olhar de lado, não me vão julgar...
porque sei que vocês são meros errantes da blogosfera que se preocupem unicamente com as vossas vidinhas...
passam por cá, vêem o desabafo, o sofrimento de alguém mas não se preocupem com ele e acabam por sair do blog como entraram ou seja em bicos de pé, sem levantar suspeitas, sem fazer um único som...
mas não se preocupem, eu gosto que seja assim, gosto que estranhos observem as minhas meias verdades...
é claro que cada pessoa tem as suas razões de não incutir mais autenticidade no seu blog...
pode ser porque mesmo sendo um mundo anónimo, receamos que alguém conhecido tropeça no nosso cantinho e vêem os nosso pensamentos e o nosso sofrimento diário que tentamos esconder na sua presença...
nesse caso, acho que não o suportaria, não estaria à vontade com alguém que conhece os meus segredos...
a nossa relação alteraria-se para sempre...
por isso prefiro ficar a sós com os meus pensamentos...
esta é portanto a razão da minha tão pouca honestidade com vocês bloguistas...
e qual é a vossa?? se não mo querem dizer, não se preocupem eu percebo...