quinta-feira, maio 26, 2005

QUO VADIS PORTUGAL...

Bem, isto é mais um desabafo que outra coisa...

Pela primeira vez na minha vida estou a considerar seriamente sair de Portugal.

Tenho 20 e tal anos e vivo em Lisboa. E sinto sinceramente que ao ficar neste pais estou a passar ao lado da vida.

Com a subida do IVA para 21% cada produto de 100 contos que eu compre, vou pagar 21 contos de impostos de consumo (sem contar com os impostos já altíssimos no salário.)

A subida de IVA a bens de consumo turístico, também, quer dizer que para um Café de 100 paus vou pagar 21 só de imposto, só no consumo.

Já havia pensado antes em sair de Portugal, mas como gosto da arquitectura, dos jardins, da cultura passada, e do legado histórico, fui ficando apesar de Portugal estar hoje numa das piores crises da sua rica história, e eu não concordar com o rumo politico deste pais nos ultimas décadas, sendo submetido a viver num sistema politico que não criei, não concordo, e detesto viver debaixo de - fui ficando, porque gostava de Portugal.

Hoje, com a volta da esquerda ao poder, e após décadas de suposta "liberdade", o meu pais está mais pobre que nunca, mais estúpido que nunca, mais corrupto que nunca, mais sujo que nunca, mais desrespeitador de um passado glorioso que nunca: Portugal é hoje uma sombra do que foi durante mais de mil anos consecutivos.

Não sinto já que os impostos sejam uma forma de resolver seja o que for, mas a machadada final que transporta Portugal para aquela lista negra de países sob regimes literalmente comunistas onde quem trabalha e é eficiente é roubado estilo "Robin Hood" para dar a quem ou é preguiçoso, ou corrupto, ou incompetente, ou até uma das etnias minoritárias que se banqueteiam com o meu salário enquanto vejo Portugueses de “portugal” a chafurdar em contentores para encontrar restos de comida.•

Estou farto. Farto de pagar politicas com as quais não concordo. Farto de sustentar políticos que não querem saber de mim: só das minorias da moda. Não sou estúpido, não sou deficiente, não sou homossexual, não sou preto, não sou de direita, não sou de esquerda, não sou de centro, não sou bonito e não sou rico, e neste pais, isto significa que sou merda. Pelo menos para os políticos que andam mandar nisto desde a revolução de Abril. Só sirvo para trabalhar, e ser chulado, para sustentar quem não se sabe ou não consegue sustentar a si próprio, ou simplesmente, gosta da boa vida.

A grande maioria dos desempregados neste país são jovens. Isto porque o sistema público é corrupto e sindicalizado, e o sector privado segue nas passadas. Gente antiga, velha, e sem qualificações impede a juventude, mais competente, de lhes tomar o lugar, porque em Portugal é quase impossível despedir alguém, devido a caciquismos sindicalizados, não importa o quão incompetente se é.

Que tudo isto seja perpetrado na sua maioria, por um partido que esteve e está profundamente envolvido em violações sistemáticas de crianças órfãs é algo que, pelo nojo, prefiro não comentar.

Não me sinto seguro em Portugal. Não me sinto bem a ter filhos em Portugal, e ter que os mandar para escolas que não funcionam, com uma educação inferior a que recebi, algumas delas cheias das dita minorias, que as transformaram numa mistura caótica de selva com jardim Zoológico do crime. Não me sinto bem a comprar uma boa casa e fazer investimentos de longa data. Tudo isto porque me roubam o dinheiro que ganhei honestamente para o dar sabe-se lá a quem, a que interesses, sabe-se lá para tapar que incompetências governamentais e ideologias caducas que nunca funcionaram no século passado quanto mais neste. Portugal é o pais da Europa em que mais impostos se pagam, e que piores serviços públicos disponibiliza.

Com as qualificações que tenho podia estar a ganhar de 3 a 6 vezes mais do que em Portugal. E sem estar sujeito a ser roubado por ideólogos de esquerda que “malsinam” neste pais, que resolvem todos os problemas do mundo a roubar os dinheiros aos outros, pior, aos que são mais eficientes do que eles e podiam ser a salvação deste pais.

Só não sucumbi a ganância de ganhar mais, porque gosto de Portugal. Mas, com sinceridade, não sei se o Portugal de que gostava sequer ainda existe. Não sei quando, nem como, Portugal se tornou num paraíso para a esquerda medíocre ou para a direita paupérrima, em que políticos violam crianças e se governam a grande e à francesa com a mama pública, mas este, não é definitivamente o Portugal de que gostava.

Numa altura em que todos os países da antiga cortina de ferro abandonam, para sua sorte e triunfam, a subjugação de regimes comunistas, e a própria Europa abraça a economia de mercado e concorrência em que o melhor ganha não monopólios de estado, e até a própria Rússia e China dizem adeus a economias, todas elas falhadas, de comunismo esgotado; Portugal, bizarramente, vira, anos após ano, cada vez mais à esquerda... e fica mais pobre, mais pobre, e mais pobre. Lentamente caminhando para o Terceiro Mundo, onde uns palhaços sem educação nem conhecimentos de economia se arriscam em sistemas de comunismo que nunca resultaram, não resultam, nem nunca resultarão e sempre terminaram nas destruição completa dos ditos países.

Em Portugal é tudo caríssimo, apesar do nível de vida ser mais baixo, alguns produtos nem sequer existem. Internet, ainda é considerado uma coisa 'moderna'. Sabem lá os deuses quantos milhares de contos perdi a ter ficado aqui, e quanto mais gastei em impostos de políticos ladrões e parasitas de esquerda e de direita que vivem à custa dos impostos e subsídios roubados às pessoas que mais odeiam e dizem ser contra.

Nunca pensei dizer isto na minha vida, e embora nunca o vá fazer, compreendo hoje quem foge aos impostos. Pagar impostos para esta palhaçada, não. Pagar impostos para governos modernos, economias modernas e competitivas, sim. Onde os meus filhos possam receber bom tratamento médico e um sistema de educação decente. Pagar impostos em Portugal, é literalmente ser assaltado por caciques de esquerda e de direita, sindicatos de preguiçosos, funcionários públicos incompetentes e velhos habituados ao luxo de reivindicações exorbitantes só rivalizadas pelos da antiga USSR. Em conclusão: Ando a pagar para amamentar uma cambada de comunas preguiçosos, do meu próprio bolso, aos milhares de contos.

A minha cidade que era outrora limpa, está hoje toda entulhada de grafitis, incluindo estátuas com centenas de anos… as ruas não são seguras, os prédios degradam-se e o património arquitectural também sem qualquer tentativa de renovação e preservação histórica, há ruas com metade das lojas à venda faz anos, e ninguém compra, porque nestas condições é impossível montar negócios, criar empregos, gerar comércio: Não com estes parasitas às costas a levar todo o nosso dinheiro. As escolas onde um dia eu andei, já hoje não mais poria os filhos - que neste pais não posso ter - degradadas, cheias de putos estúpidos sem culpa, ignorantes, malcriados e imigrantes que só ajudam à festa da anarquia, da desorganização, do crime, e da estupidificação geral da juventude Portuguesa. As professoras, também altamente sindicalizadas, recebem altos salários e são na grande maioria profundamente incompetentes, espalham a propaganda dos seus partidos pelos putos. Há obras que estão para acabar faz décadas e outras que foram abandonadas a meio e ali ficam. No centro da cidade, ainda tem paralelos em vez de alcatrão (isto numa capital de um país da Comunidade Europeia), prédios de 2 ou 3 andares demoram meses a construir enquanto, noutros países, arranha céus de 100 andares demoram ano e meio.

Ninguém trabalha, ninguém quer trabalhar, nem aprender nada e ser eficiente. Só querem boa vida. Horários de tanga, e receber do hérario público à custa de sindicatos sem serem competentes e produtivos. E eu, e os que são como eu que paguem a festa.

George Orwell, no seu tempo escreveu um livro sobre o comunismo e sistemas em que os ricos ou eficientes pagam subsídios aos preguiçosos e ineficientes e deu-lhe o titulo de: "O Triunfo Dos Porcos."

Em Portugal, parece, triunfaram de vez…

Tenho que sair de Portugal… já mal vejo como o não fazer, e levar as minhas qualificações para outro lado, e o meu dinheiro também, para onde seja melhor tratado, respeitado, e não hajam corjas inteiras de políticos e máfias na função pública a roubar os cidadãos, do dinheiro que honestamente, e com muito trabalho e dedicação foi ganho. Felizmente, ao contrário de quem ficava do lado errado da cortina de ferro, posso pegar nas coisas, e fugir, para o outro lado da fronteira sem levar um tiro nas costas por ter traído a revolução. Ao menos isso.

Nunca pensei no entanto, que algum dia este pais chegasse a isto.

E é triste...

Bastante triste.

Nunca pensei que vivesse para ver o dia em que teria de fugir de Portugal, como se fosse uma daquelas “ditadurazinhas patéticas” existem em países de terceiro mundo...

Um pais com tantas potencialidades, entregue às mãos de bestas. Completamente destruído.

Um pais que já foi dono de meio mundo, e um Império.

É triste...