domingo, março 13, 2005

Prisão Perpétua

Prisão Perpétua

Perpétuo é para sempre! Implica que vamos morrer na cadeia! Não há vida para além do encarceramento...

O outro dia lia num jornal (provavelmente no Público) que um rapaz de 13 anos foi condenado a prisão perpétua por ter violado uma professora de 30 anos quando tinha 12 anos de idade. Confesso que este caso deixou-me chocado. Para já pelo acto e depois pela pena.

Eu gosto de falar de justiça quando estou no pleno das minhas capacidades racionais. Se algo acontecesse a um familiar meu eu certamente teria outra opinião mas não estaria no pleno poder da minha racionalidade. Por isso vou discutir este caso como ele deve ser discutido, leia-se, à distância.

Custa-me acreditar que uma criança com 12 anos tenha a maturidade sexual e física para dominar desta forma uma adulta. Mas visto que foi condenado tenho que assumir que consegue. Um pré adolescente decidir tomar tal atitude já devia ser suficiente para iniciar uma longa reflexão mas eu não sou psicólogo nem consigo atingir tal complexidade de comportamento. O que eu sei é que não há prisão perpétua em Portugal porque há sempre uma componente que as prisões devem (ou deviam) ter, isto é, a capacidade de regenerar um indivíduo. Uma prisão não é só um local de cumprimento da pena que a sociedade impõe para permitir que esta funcione com alguma normalidade e que possa defender um certo estilo de vida. Há também a obrigação do Estado acreditar no ser humano e fazer uma tentativa de regeneração.

O caso toma outras proporções quando é um menor que é condenado a prisão perpétua. Surgem-me algumas dúvidas: O crime merece uma pena eterna? Este menor não tem capacidade de regeneração? A adolescência não provoca alterações profundas na maneira de agir e pensar?

São reflexões que devemos ter antes que estas situações cheguem à discussão pública de forma irracional e baseadas num caso particular!

terça-feira, março 01, 2005

DESPORTO

O desporto também é uma coisa que me perturba. Quer dizer, não é propriamente o desporto em si, mas sim alguns tipos de deporto, ou coisas a que chamam deporto.
Golfe por exemplo. Está um gajo a pegar num taco, que aquilo tem um peso do caraças, e fica a olhar para a relva a apreciar a paisagem e a fingir que está a planear a jogada. Deve ser cientista o gajo. Depois lá se decide e espeta com uma “castanhada” na bola... E lá vai ela. É claro que depois o homem não vai fazer o esforço de ir a pé até à bola, afinal de contas, a tacada desgastou o homem de tal forma, que não pode andar e tem que ir de carrinho... onde deve levar umas massagens pelo caminho e tudo. E até têm um gajo para lhes carregar os tacos. Já vi que aquilo é mesmo cansativo. E eles desgastam-se bastante nas mãos, por isso ninguém que convence que são eles que limpam o próprio cu na casa de banho.

Outro desporto que também não me entra na cabeça é o xadrez. Mas aquilo é desporto? Li num artigo qualquer que o Kasparov para se manter em forma tinha que fazer não sei quantas horas de exercício físico por dia. Exercício Físico? Mas para que? As peças são assim tão pesadas? Ou será que agora jogam com Torres e Cavalos verdadeiros. Já estou a imaginar o Kasparov com um cavalo às costas a fazer a sua jogada final. Cheque Mate. Por falar em jogar com peças reais... Deve ser engraçado quando o rei comer a rainha... Vai o rei e... pimba, salta-lhe para cima. E os peões a comerem-se uns aos outros!!! Que cena mais gay. Ou melhor, um bispo a comer a rainha!!! Ou o cavalo a comer a rainha! Os peões a comerem a rainha!!! Estas jogadas a comer a rainha faz entrar no tabuleiro uma nova peça para o adversário: Um boi para substituir o rei. Bem, mas a rainha a ser comida dessa maneira devia também ser substituída… por uma vaca. Daqui nada o tabuleiro de Xadrez parece um presépio.

Depois também há outro desporto interessante, que é o boxe. Boxe é desporto??? Na escola deixava-me jogar futebol, correr... mas não me deixavam andar ao soco em ninguém... E eu só queria fazer desporto. “Professora, Professora... Vamos fazer exercício... Toma!”