terça-feira, maio 16, 2006

ILUSÃO...




Enfim, encontrei-a, leve, suave, distante.

Pairava diande desdes meus olhos cansados, dela emanava uma luz intensa, um calor, uma tranquilidade, um bem-estar que me acalmava e adormecia lentamente.

Estendi a mão para lhe tocar, mas não consegui sentí-la, estranho, estava mesmo ali à minha frente e no entanto não lhe consigo chegar, não consigo chamar a sua atenção, simplesmente não consigo…

Intrigante, como parecemos por vezes conhecer e entender como funcionamos, quando afinal somos nada mais que um velho relógio avariado, uma máquina imperfeita que procura o ritmo certo, o bater de outro coração que respire a mesma cadência imperfeita.

Meros peões num jogo maior que não entendemos procuramos, errantes, aquele fragmento de uma outra vida que nos completa, que nos torna fortes, que nos faz mais humanos, que nos mostra a felicidade, enfim, que nos permite navegar no rio da vida com significado que precisamos que tenha.