quarta-feira, novembro 22, 2006

MONOLOGOS INTÍMOS

E tudo se desmorona como um torre feita com um baralho de cartas...

Por uns tempos pensamos e somos forçados a sentir o que queremos pensar e o que queremos sentir...

Não vale a pena tentar-mos fazer alguém mudar, não vale a pena pensar que as diferenças até valem a pena...

Sacrificamo-nos, damo-nos, entregamos-nos... Para quê? Para sentirmo-nos estúpidos?! Para sentirmo-nos diferentes? Para sentirmo-nos alguém?

Só esta noite percebi aquilo que tento que os outros percebam... “ÉS TU QUE VALES A PENA!!!”

E porque não?! Porque contínuo a ser o mesmo piegas? Porque contínuo o mesmo sensível? Porquê? Porquê?

Tantas perguntas para perceber que o que eu sou, sou apenas algo que todos pensam em ter... Mas que quando podem ter, estranham e pensam: “Nã... Não há ninguém assim...”

Hoje como dantes voltei a sofrer, hoje como dante voltei a deixar os outros bem para eu ficar mal...

Porra que defeito tenho eu assim tão grande?!

O ser honesto?!
O ser simpático?!
O ser divertido?!

Hoje eu precisei de um ombro amigo...
Aquele ombro que eu sou, que eu dou sempre para alguém...
Olha que merda...
Não tenho ninguém...

Tenho medo que um dia me transforme no insensível que oiço personalizado em tantas histórias de outros, sobre outros...

Tenho medo... Medo do que já tentei anteriormente... Medo de continuar a viver assim...

Disseram-me uma vez que a minha missão seria dar alegria há vida dos outros, sem nunca ter alegria... Nunca como hoje me senti assim...

Só queria voltar a ser a criança feliz que sempre fui, onde imperava a alegria, a felicidade, o divertimento, a despreocupação...
Agora?! Agora restam as lembranças, restam os sentimentos...
Sentimentos reprimidos num corpo enorme que nunca extravasaram...

Hoje tenho saudades do meu avó, tenho saudades da Cátia, tenho saudades da Rita, tenho saudades da Liliana, tenho saudades da Susana, tenho saudades da Sandra Soares, tenho saudades da Lette, tenho saudades da Rebocha, tenho saudades do Tó, tenho saudades da Helena, tenho saudades da Inês Calvet, tenho saudades da Inês Baptista, tenho saudades do Diogo, tenho saudades do Nando, tenho saudades do Além, tenho saudades do Dr. Aliberti, tenho saudades do Dr. Afonso, tenho saudades do Manuel José... e do grande Aníbal...

Sabem como me sinto? Sabem? Como um mero guardanapo de papel...
Usar e deitar fora...

Quantos não fizeram comigo isso nos últimos tempos?! Quantos?!

Mas o meu maior orgulho é passar pelas vidas das pessoas e não terem nada para me apontar...

Sei que vai fazer mossa, talvez a mim faça mais ainda, mas assim eu mereço?

A vida é feita de faróis... Eu sou o farol dos outros...

Hoje para não fazer nenhum disparate, decidi escrever...

Quem sabe amanhã...

quinta-feira, julho 27, 2006

SEMPRE


Tenho medo, pavor, receio
Que vejas nos meus olhos
O desejo selvagem de te ter só para mim
Odeio quem respira o mesmo ar que tu
Queria ter o poder de posse
Não deixar que te olhem
Que te toquem
Para que tudo fique imaculado, puro e limpo
Para que a tua pele cheire apenas a ti e a mim
Que o ar não polua o teu olhar
Para que o sorriso espelhe apenas o amor que sinto por ti
Queria-te toda
Sem auras
Sem outras mãos
Sem histórias
Só minha
Apenas minha
Desde sempre
Para sempre
Sempre...

sexta-feira, junho 23, 2006

O FRUTO


Há coisas que não se explicam…
Há emoções que despertam todos os sentidos…

Sentir a textura lisa, quase uniforme
Apoderar-me de toda a sua envolvência
De uma só vez
Com uma só mão
Pressentir, reconhecer a pele suave e apetitosa
Lamber vagarosamente a plenitude daquele fruto
Acompanhar com a língua os movimentos vigorosos da mão
Morder muito suavemente
Envolver toda a boca num riacho de contrastes frios e quentes
Sentir um arrepio na pele causado pelo ácido aveludado que escorre
Pelos lábios ávidos
Pela mão perseverante

É incrível a sensação que se pode ter ao saborear uma simples maçã.

domingo, junho 11, 2006

AQUELE SORRISO


Primeiro posso despir-te?
Para quê essa roupa
Que me impede de ver a tua pele?
Deita-te assim nua
Deixa-me olhar-te
Decorar-te para seres o meu sonho
Para quando já não fores real.
Gosto de brincar com os teus pés
Subir por ti em carícias lentas
Cobrir-te de saliva e suor.
Deixa que me demore no teu sexo
Que o desperte
Que o toque com os meus dedos
E depois que o beije
Que brinque com ele
Enquanto me olhas
Enquanto nos vês,
Enquanto murmuras:
"É BOM..."
Deixa-me suspirar, derramar
Espojar no teu corpo.
Descobrir a que sabe o teu peito
Lamber,
Morder um a um os dedos das tuas mãos.
E por fim na tua boca dizer:
"Vem comigo meu amor"
Brincar contigo...
Posso?

terça-feira, maio 16, 2006

ILUSÃO...




Enfim, encontrei-a, leve, suave, distante.

Pairava diande desdes meus olhos cansados, dela emanava uma luz intensa, um calor, uma tranquilidade, um bem-estar que me acalmava e adormecia lentamente.

Estendi a mão para lhe tocar, mas não consegui sentí-la, estranho, estava mesmo ali à minha frente e no entanto não lhe consigo chegar, não consigo chamar a sua atenção, simplesmente não consigo…

Intrigante, como parecemos por vezes conhecer e entender como funcionamos, quando afinal somos nada mais que um velho relógio avariado, uma máquina imperfeita que procura o ritmo certo, o bater de outro coração que respire a mesma cadência imperfeita.

Meros peões num jogo maior que não entendemos procuramos, errantes, aquele fragmento de uma outra vida que nos completa, que nos torna fortes, que nos faz mais humanos, que nos mostra a felicidade, enfim, que nos permite navegar no rio da vida com significado que precisamos que tenha.

terça-feira, abril 25, 2006

25 de ABRIL



tela de VIEIRA DA SILVA

Mãe: "...vais escrever algo sobre o 25 de Abril?!"
Eu: "...escrever?! Como isto está fazia era outro...!!"

quinta-feira, abril 20, 2006

SAUDADES



Os sentimentos não são fáceis de demonstrar...
Os sentimentos não são fáceis de viver...

Passou 1 ano...
e as SAUDADES aumentam...

DESCANÇA EM PAZ... AVÔ

domingo, abril 16, 2006

James Blunt - Goodbye My Lover


Goodbye My Lover
By James Blunt
BestVideoCodes.com


Did I disappoint you or let you down?
Should I be feeling guilty or let the judges frown?
'Cause I saw the end before we'd begun,
Yes I saw you were blinded and I knew I had won.
So I took what's mine by eternal right.
Took your soul out into the night.
It may be over but it won't stop there,
I am here for you if you'd only care.
You touched my heart you touched my soul.
You changed my life and all my goals.
And love is blind and that I knew when,
My heart was blinded by you.
I've kissed your lips and held your head.
Shared your dreams and shared your bed.
I know you well, I know your smell.
I've been addicted to you.

Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.

I am a dreamer but when I wake,
You can't break my spirit - it's my dreams you take.
And as you move on, remember me,
Remember us and all we used to be
I've seen you cry, I've seen you smile.
I've watched you sleeping for a while.
I'd be the father of your child.
I'd spend a lifetime with you.
I know your fears and you know mine.
We've had our doubts but now we're fine,
And I love you, I swear that's true.
I cannot live without you.

Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.

And I still hold your hand in mine.
In mine when I'm asleep.
And I will bear my soul in time,
When I'm kneeling at your feet.
Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.
I'm so hollow, baby, I'm so hollow.
I'm so, I'm so, I'm so hollow.

quarta-feira, abril 05, 2006

Aos meus amigos...


- Porque a amizade é isto.
É dar sem cobrar;
É estar lá mesmo quando não se está;
É ter as palavras certas e não só aquelas que queremos ouvir;
É saber dizer não;
É saber perdoar;
É amar!
- Porque os amigos são isto.
Procuram respostas;
Têm dúvidas;
Erram;
Sofrem;
Choram…
Ajudam-nos a escrever a nossa história;
transformam a nossa visão do mundo;
fazem-nos rir;
chorar;
sofrer;
crescer;
lutar;
não desistir;
gostar de nós próprios;
e acima de tudo, fazem-nos viver…
… OBRIGADO AMIGOS!

segunda-feira, abril 03, 2006

Sabes...


Ao som de: Tori Amos - Toast

Sabes quando sentimos um aperto no peito e o seu efeito nos faz sentir pequenos?
Sabes quando queremos luz e em troca nos deixam na escuridão que nos cega os olhos como se alguém lhes espetasse os dedos?
Sabes quando tudo à nossa volta gira e nós não saímos do lugar, estagnando a vida, a dor, a ferida, a partida? Oxalá soubesses...
Sabes quando chove lá fora e parece que o mundo vai desabar por causa da nossa dor, do nosso amor, do nosso ardor?
Sabes quando o desejo da carne se torna tão forte que sentimos uma ressaca carnal? Sabes quando tudo corre mal e não temos um porto de abrigo para nos acolher?
Um dia saberás...

sexta-feira, março 31, 2006

Sophia de Mello Breyner Andresen




AUSÊNCIA

Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua
Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.

Das portuguesas mais lindas que já alguma vez vi.
Uma montanha inabalável de poesia para ti.

Socorro




Que dia dificil e complicado... preciso de uma boa notícia com urgência.
Porque razão me custará tanto ouvir os problemas dos outros?
Porque razão não consigo abstrair-me?
Porque me sinto com a obrigação de os resolver?
Porque me pesam?
Porque me preocupo ainda em mudar o mundo? Posted by Picasa

quarta-feira, março 29, 2006

A Mentiras... Deixam-me triste...




Não sabes já que a única forma de me magoar é mentir-me?

Não terei eu dado já mil provas de liberdade?

Porque insistes em mentir-me?

Porquê?

Quantas palavras ditam contradições ... contracensos

Porque minas a minha confiança?

Porque insistes?

Será assim tão difícil dizer a verdade ... mesmo nas coisas mais simples?

Não me mintas... deixa-me acreditar em ti



(este post é dedicado a todos aqueles que até hoje me mentiram... e àqueles que me irão mentir também ... a todos aqueles que acharam que não teria importância, que eu não iria entender, àqueles que mentiam confiantes de que eu não iria perceber ...de que não iria fazer diferença..... e que aos poucos e poucos, sem saberem o porquê, foram saindo dos meus contactos ... da minha vida ... hoje quando por acaso nos encontramos .. perguntam-me ... “mas porquê que nunca mais nos vimos? Que é feito de ti?”... fica aqui a resposta dada)